Introdução: a esquistossomose é uma doença endêmica em várias regiões do Brasil, principalmente, na região Nordeste, e possui forte impacto para a saúde pública. O estudo objetivou analisar o grau de implantação (GI) do Programa Controle da Esquistossomose (PCE) em um município da região centro-sul de Sergipe, Brasil.
Método: a pesquisa envolveu dois momentos: inicialmente foi realizado um estudo ecológico através do levantamento de dados secundários do PCE; no segundo, realizou-se um estudo descritivo, exploratório e quantitativo através da aplicação de questionários. Foi utilizado o modelo lógico validado por Quinino et al. (2010), analisando a dimensão estrutura (recursos materiais, equipe de trabalho e indicadores de cobertura de habilitação profissional) e processo (delimitação epidemiológica, controle do molusco, saneamento e educação em saúde, SISPCE, vigilância epidemiológica e indicadores de cobertura).
Resultados: a esquistossomose foi considerada endêmica na região, com as taxas de infecção de 2,0 a 4,1%, entre os anos de 2007 a 2011. O município apresentou um GI de 50 pontos, classificado como não implantado; não realiza delimitação epidemiológica; não realiza ações de malacologia e possui uma habilitação profissional deficiente. O componente indicador de cobertura evidenciou um percentual muito baixo em relação ao número de pessoas trabalhadas.
Conclusão: conclui-se que existe uma fragilidade quanto ao cumprimento das normas e recomendações do Ministério da Saúde para um efetivo controle da esquistossomose no município.